2 de abril de 2009

Patifaria, aqui são bem tratados, e lá nos pagão com maus tratos.

JAPÃO DÁ ESMOLAS

O honorável Japão, que todo brasileiro tem respeito e admiração, está tratando os trabalhadores brasileiros como verdadeiros "personas non gratas", é quase uma proposta indecente, estão oferecendo R$ 7 mil reais para o trabalhador brasileiro e peruano que voltar para o seu país, e mais R$ 4 mil para os seus dependentes, e se não bastasse esse tapa na cara, ainda tem um chute nas bolas, quem aceitar perderá o seu visto de dekasegui, sendo assim, quando esse trabalhador quisesse ir para o "paraíso japonês" seria com visto de turista ou outro tipo de visto para trabalhar, isso é ou não uma discriminação total? E os trabalhadores de outros países? Ou lá só têm brasileiros e peruanos? Eu estava lendo a respeito dos dekaseguis, e achei um blog onde um deles estava desabafando e os comentários também são bem esclarecedores, e dando continuidade na minha pesquisa, encontrei uma coluna muito interessante, de autoria de Eva Paulino Buneno, é muito interessante, leia porque tem muita coisa que eu nem imaginava, tipo a diferença de tratamento, por exemplo, aqui quando chamamos alguém de japonês é com carinho, respeito e humor, já lá os japoneses chamam os brasileiros de gaijin. A palavra “gaijin” é quase um palavrão no Japão, e significa aquele que é de fora, e quem está fora é impuro, suspeitoso. Outra coisa que não sabia até ler a coluna foi a morte por fome de um trabalhador brasileiro, veja como que Eva Paulino termina a sua coluna:

"Esta coluna, não posso terminar numa nota positiva. A notícia de como o corpo de Paulo Mitsuo Takahashi foi encontrado, em posição fetal, em um apartamento abandonado em Toyohashi, é muito chocante. Antes de morrer, ele havia começado a escrever uma carta, não se sabe dirigida a quem que ele escreveu, em português, “Nada de bom aconteceu pra mim no Japão.” A história de Paulo, divulgada na imprensa japonesa (em inglês) em quatro artigos, é como uma parábola, que serve para avisar aos demais que não venham. O passado ainda vive, a mensagem é clara: vocês que saíram, fiquem fora."

Já imaginaram se algum presidente brasileiro imitasse o governo japonês, oferecendo a porta da rua para todos os imigrantes? Seria, tchau, tchau, chineses, peruanos, turcos, chilenos, portugueses, italianos, alemães, principalmente japoneses, bye, bye bairro da Liberdade, e tantos outros imigrantes, isso seria bom? Em alguns pontos, talvez, mas perderíamos a nossa identidade de povo amável, receptível, que recebe todos de braços abertos, mesmo com tantos problemas, e quanto mais o tempo passa, mais fica evidente que na verdade quem tem muito a aprender, são aqueles países que anteriormente pensávamos que tinham muito a nos ensinar. Aqui passamos por apertos inacreditáveis e mesmo assim não perdemos o humor, não maltratamos os imigrantes, na contra mão os japoneses ao menor sinal de que o país esta indo mal, já ficam desesperados e dispensam os imigrantes, aqui nós fazemos como aquele velho ditado, “O sábio é aquele que transforma um quase nada em um quase tudo". Ou seja, o brasileiro faz do salário mínimo esticar até o próximo pagamento, coisa que os japoneses e os nossos políticos não conseguem, isso é que é sabedoria.

Segundo Eva Paulino numa festa junina na comunidade brasileira no Japão, os japoneses que assistiam as danças de quadrilhas eles faziam verdadeiras caretas de nojo, em relação as danças. Agora convenhamos, bonito são aqueles festivais onde juntam um monte de macho com fraldas socadas no rego, se jogando na lama, ou aquele onde ficam tentando tocar num coitado que se acha um amuleto da sorte e que ao final do festival quase chega em coma, entre outros festivais igualmente ridículos mas que respeitamos, até hoje, porque pra mim Japão se tornou apenas um país minúsculo com um ego gigantesco, que um dia vai se arrepender amargamente por esse erro.

Japonês só gosta de japonês, ou americano, que eles amam de paixão, existe uma síndrome que explica essa paixão, não lembro o nome agora, mas ela explica a paixão de uma vítima pelo seu carrasco, que é mais ou menos o que acontece com os japoneses, eles foram quase varridos da face da terra com os bombardeiros dos americanos, e hoje idolatram e imitam o seu carrasco, seja nas roupas, na língua, e outros costumes, não só americano, mas do ocidente em geral. Eles deveriam voltar a fechar as portas do país e se isolarem do resto do mundo, como era antigamente. E deveriam voltar a usar kimonos e espadas.

Fim da primeira parte

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