24 de junho de 2009

SINESTESIA


VER A COR DO SABOR... SENTIR O SABOR DAS CORES.... OUVIR O SOM DO AROMA.... VER AS CORES DO SOM...

Eu assisti na Discovery, um documentário com o titulo de "Super Humanos", muito legal, com pessoas realmente extraordinárias, o homem gelo, o homem calculadora, o homem que conseguia desenhar mesmo sendo cego, e o que mais me chamou a atenção foi a mulher sinestesia, eu não sabia que existiam pessoas como ela.

Imaginem poder ver as cores dos sons, e sentir o gosto dos sons e cheiro então? Pois é, essa mulher é uma das poucas pessoas com essa faculdade, deve ser muito legal ver todas as cores numa dança continua, sentir gostos de sons, infelizmente como tudo nem tudo é maravilha, também tem as cores e sabores desagrádaveis.

Não é considerada uma doença, só mais uma forma de como o nosso cérebro interpreta o nosso mundo ao redo.

No cérebro de um sinestésico as cores têm propriedades que não podemos imaginar, por exemplo o vermelho pode ser sólido, o amarelo é brilhante, uma barra de chocolate lembra a cor púrpura e tem aroma de azul escuro. Em alguns casos o tato pode ser associado, como uma pancada no canto da mesa que remete à cor marrom ou o laranja da confusão.

Eu admiro essas pessoas, porque nenhum dia é massante, nenhum dia é igual ao outro, tudo é diferente, tem sempre algo novo, ver uma onde colorida dançando pelo ar quando tocamos uma música, engraçado deve ser quando alguém emiti um som que tenha sabor citrico, ou amargo.

Sinestésicos podem se sentir ridicularizados. “A maioria das pessoas às quais explico os efeitos, me olham maravilhadas ou como se fosse louca.”, diz Carey uma das pacientes do estudo. “Especialmente amigos que possuem uma mente muito lógica. Eles ficam perplexos.”

Os efeitos podem ser dos mais variados, o tipo “projetor” vê as cores associadas a letras por exemplo no ar, diante de seus olhos. Já os “associativos” veriam estas cores apenas internamente, é o caso de Carey que diz que as cores piscam como flashes atrás do olho e em outros casos deslizam lentamente como a luz do sol sobre uma bolha de sabão.

Um terceiro grupo é chamado de “perceptual”, onde as percepções são associadas a estímulos como sons e objetos, como alguém que pode sentir o sabor de formas geométricas. Já o grupo “conceitual” é sensível a conceitos abstratos como o tempo, um caso em específico deste grupo é o de uma mulher que dizia perceber os meses do ano como uma fita que flutuava ao redor de seu corpo, cada um com uma cor. Diz ela: “O mês de fevereiro é verde claro e fica bem à minha frente.

Embora já seja aceita como uma condição real e não apenas imaginação exagerada, a causa da sinestesia é desconhecida. Algumas hipóteses já foram levantadas e compõem parte do campo de estudos do assunto:

Supõe-se que todos os sentidos são interpretados de forma separada e protegida em regiões distintas do cérebro. Na sinestesia haveria uma queda de uma ou mais destas barreiras, fazendo com que os sinais dos órgão sensoriais chegassem a mais de uma área interpretativa, gerando respostas fora do comum.

Todos nasceríamos com esta condição, desta forma o cérebro infantil seria sinestésico por definição mas nos primeiros meses ou anos de vida passaria por um processo de especialização que levaria à conformação convencional que conhecemos, os sinestésicos adultos continuariam com as funções sensoriais mescladas em algum nível.

Os sinais sensoriais chegam a várias áreas do cérebro mas algum tipo de “máscara” faz com que apenas alguns sejam filtrados e interpretados por determinados setores cerebrais. A sinestesia seria originada pela queda desta “máscara”.Esta última hipótese tem base nos sintomas de quem é usuário de alucinógenos como LSD e mescalina cujos sintomas são semelhantes ao da sinestesia só que muito mais fortes e descontrolados. É por isso que as pessoas ficam viciadas, porque não querem mais voltar para um mundo normal, muitas vezes sem cores, sem gosto, depois de ver e sentir tudo isso, qualquer coisa que venha depois fica abaixo disso e tudo fica sem graça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário